@MASTERSTHESIS{ 2024:1944311506, title = {A política educacional em tempo integral para o ensino fundamental nos anos iniciais na Rede Municipal de ensino do Recife}, year = {2024}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9733", abstract = "A pesquisa tem por objetivo analisar o Programa Municipal de Educação Integral (PMEI) do Recife para os anos iniciais do Ensino Fundamental e os processos de atuação, na perspectiva dos atores que participam de tal política. Como referencial teórico nos ancoramos nos estudos de Stephen Ball, Meg Maguire e Anette Braun (2016). Na metodologia optamos pela abordagem do Estudo de Caso. Para tanto, realizamos: entrevistas com uma parte da equipe da Secretaria de Educação do município; entrevistas com as gestoras das escolas em tempo integral; análise dos documentos orientadores de tal política. Na análise dos dados, utilizamos a Análise Textual Discursiva - ATD (Moraes e Galiazzi, 2006), por entender que a política produz vontades de verdade (Foucault, 1996) e os atores podem produzir novos sentidos para tal política. O município do Recife iniciou a experiência de educação em tempo integral em 2002, justamente com cinco escolas dos anos iniciais (Medeiros, 2016; Melo, 2017). Atualmente (2024), conta com quatro escolas de tempo integral de anos iniciais (1,96% do total de escolas de anos iniciais), sendo três delas oriundas da primeira experiência em 2002, atendendo a 705 estudantes. Na atual gestão, o Programa Municipal de Educação Integral foi instituído pela Portaria n° 2103 de 27 de dezembro de 2019. A gestão municipal tem investido na infraestrutura e na oferta de materiais e recursos pedagógicos, não apenas nas EMTIs, mas em todas as escolas da rede de ensino. Nas escolas em tempo integral, os docentes trabalham nos dois turnos. Existem professores temporários que não gozam dos mesmos direitos que os efetivos (que possuem um adicional no salário). Foi possível concluir que a política de educação integral municipal se baseia nos discursos da Nova Gestão Pública (NGP), na lógica neoliberal (Verger e Normand, 2015). Nesse ínterim, o currículo tem como centralidade a “adesão à BNCC” e a busca por resultados. Sendo assim, no turno da manhã são ofertadas as disciplinas de: Língua Portuguesa; Arte; Educação Física; Matemática; Ciências; História e Geografia. Esses componentes curriculares fazem parte da política de ensino da rede do Recife, comum a todas as escolas do município de anos iniciais do ensino regular. No turno da tarde são oferecidas as chamadas Atividades Complementares: Orientação e Estudos; Comunicação e Linguagem (letramento literário e musicalização); Iniciação à Pesquisa Científica; Jogos Matemáticos; Ambiente e Saúde; Tecnologia Educacional; Projeto de Vida. Há uma percepção de uma escola de turnos, em detrimento de um currículo integrado, de acordo com as entrevistas. Nesse sentido, há uma predominância das atividades “cognitivas” com ausência da perspectiva da formação integral, a exemplo da falta de profissionais de educação física, apesar de ser indicado no currículo a oferta desse componente.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Associado em Educação, Culturas e Identidades}, note = {UFRPE - FUNDAJ} }