@MASTERSTHESIS{ 2022:1499182046, title = {Gênero em Libras: um estudo sobre marcadores do masculino e do feminino no corpus de libras}, year = {2022}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9583", abstract = "Nesta pesquisa propomo-nos a discutir marcadores de gênero masculino e feminino em Língua Brasileira de Sinais. Na trilha dos caminhos apontados pelos estudos de Tanya Felipe (1988 a 2018), Ronice Quadros et al (2004 a 2020), Maria Cristina Silva e Fabíola Sell (2009, 2011), pretendemos contribuir com os estudos da linguagem por meio da caracterização, descrição e classificação das possibilidades de uso do dado fenômeno. Para tanto, delimitamos como objeto de nossa investigação os vocábulos de profissões e membros da família, sinalizados por 33 participantes da categoria Surdos de Referência, do inventário nacional Corpus de Libras. Para análise e apuração dos dados, optamos por uma abordagem qualitativa e quantitativa, por meio de revisão bibliográfica, observação de vídeos, transcrição dos sinais em glosas, sistematização em tabelas e classificação em três sistemas de marcação predominantes – Marcação Categórica, Marcação Mista e Não Marcação. Além de partilharmos exemplos da não obrigatoriedade e das possibilidades de marcação de gênero, apontamos o uso de algumas estratégias linguísticas eventualmente utilizadas para acrescentar essa informação. Destacamos que: (i) há poucos dados teóricos e esses contemplam apenas parcialmente as diversas possibilidades apresentadas por nossas/os informantes; (ii) na Libras não há obrigatoriedade da marcação do masculino ou feminino e não há desencadeamento de tal concordância; (iii) há admissibilidade e possibilidades de marcação apenas para seres animados; e (iv) especialmente quando a marcação é categórica, inferimos que pode haver influências tanto da sociedade hegemônica quanto da língua de contato, o português brasileiro. A partir dos dados coletados concluímos que, no corpus analisado, a Libras apresenta cinco tipos de explicitação de gênero: (a) não marcado – apenas o sinal base; (b) gênero + sinal base; (c) sinais distintos; (d) sinal base + ícone ou classificador; e (e) contextual – dêixis, anáfora e retomada. Foram registrados em glosa um total aproximado de 900 sinais, dos quais 230 encontram-se na seção ‘Profissional’ e 670 na seção ‘Família’. Identificamos que não houve nenhuma menção quanto ao gênero de profissionais, logo, nesse grupo vocabular todas/os as/os informantes caracterizam o sistema de Não Marcação. Por sua vez, na sinalização dos vocábulos de familiares, as marcações optativas ocorreram categoricamente em não mais que 15% dos casos. As/os demais informantes tiveram suas categorias identificadas nos sistemas de Marcação Mista (39,4%) e de Não Marcação (42,4%). Tais resultados corroboram com a percepção de que a Libras apresenta sua categorização de gêneros distinta das línguas com gênero gramatical.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem}, note = {Unidade Acadêmica de Educação a Distância e Tecnologia} }