@MASTERSTHESIS{ 2021:1321720742, title = {O protagonismo de Celie em the color purple : uma abordagem interseccional e sistêmico-funcional}, year = {2021}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8603", abstract = "O presente trabalho tem como objetivo analisar a construção de si da personagem Celie no romance epistolar The color purple, de Alice Walker. Tal estudo se concentrou nos enunciados transitivos em que há ocorrências dos pronomes “I” e “me” referentes à personagem, isto é, com Celie na condição de agente e objeto ao falar de si. A análise se baseou na forma pela qual a protagonista da história experiencia o mundo e como essa proposta pode contribuir para o protagonismo de mulheres negras e/ou queer com relutância ao patriarcado na sociedade atual. O corpus do trabalho se constituiu por cartas escritas por Celie para Deus e/ou para sua irmã Nettie. O estudo propôs identificar e categorizar as orações como potencial para um processo de construção experiencial do indivíduo. Para tal, essa pesquisa tomou como aporte teórico a Linguística Sistêmico-Funcional, com Halliday e Matthiessen (2014), especificamente na análise do Sistema de Transitividade, que pode ser definido como um sistema de descrição da oração por meio de categorias semânticas que explicam a forma como o indivíduo experiencia o mundo. Nesse sentido, a fim de entender como a construção de si de Celie aponta para um protagonismo, após descobrir uma nova forma de amar, está sendo utilizada também como fundamentação teórico-metodológico a interseccionalidade, conceito que “nos instrumentaliza a enxergar a matriz colonial moderna contra grupos tratados como oprimidos” (AKOTIRENE, 2019, p. 44). Os resultados apontaram para uma maior ocorrência dos Processos Verbais, totalizando em 260 ocorrências, isto é, Celie, na condição de Dizente, é a própria falante no discurso. A partir da experienciação de mundo da personagem por meio da fala, Celie cria seu texto narrativo apresentando de forma verbal, suas vivências após ter descoberto um amor por outra mulher, Shug. E mesmo diante às múltiplas violências sofridas, ela conseguiu sua autonomia como mulher negra queer em uma sociedade cis-heteropatriarcal do século XX. Que esse estudo possa contribuir para o interesse de buscar compreender os problemas sociais, a fim de que os movimentos sociais possam se engajar e enfrentar o sistema opressor da sociedade.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem}, note = {Unidade Acadêmica de Educação a Distância e Tecnologia} }