@MASTERSTHESIS{ 2017:1426452471, title = {Fatores que se interpõem à qualidade dos serviços de saúde prestados pelas Unidades de Pronto Atendimento como meio de consumo coletivo}, year = {2017}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7515", abstract = "Os estudos mostram um interesse crescente pela avaliação da satisfação dos(as) usuários(as) do setor saúde com a qualidade da prestação de serviços que consomem. Essa avaliação é entendida como de extrema importância, visto que a população que utiliza estes serviços é a razão da existência do sistema de saúde. Nessa perspectiva, a realização de pesquisas voltada para investigar a percepção dos(as) usuários(a) dos serviços de saúde de forma geral, torna-se um importante componente no sentido de condensar informações confiáveis com vista subsidiar a melhoria da qualidade da prestação dos serviços públicos de saúde, fortalecendo dessa forma a cidadania e a democracia. Nessa direção, esse estudo tem como objetivo analisar e compreender, a partir das representações sociais dos(as) usuários(as) das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Recife-PE, os fatores se interpõem ou influenciam a problemática das expressivas limitações e contradições em relação à qualidade da prestação dos serviços de saúde oferecidos pelas UPAs em seus vários aspectos, como meios de consumo coletivo. Trata-se de um estudo de caso, de abordagem qualitativa, de caráter explicativo, cujo método de análise se constitui das representações sociais, que tem como figura central Serge Moscovici. Método bastante utilizado nas pesquisas qualitativas, por permitir encontrar elementos do discurso social trazidos pelos sujeitos para melhor compreensão do fenômeno investigado. Os resultados mostram que a maioria dos profissionais é do sexo feminino, com maior concentração da faixa etária dentre 18 a 37 anos e 38 a 47 anos, configurando a população como adulta e economicamente ativa. Os salários proveniente do trabalho formal e informal via de regra são baixos, variando de menos de 1 a 2 salários mínimos para 72% dos(as) entrevistados(as), classificando-os(as) na linha de pobreza conforme IBGE (2015).O processo de análise das representações dos(as) usuários(as) das UPAs propiciou a apreensão das concepções, visões, valores e experiências individuais desses sujeitos, permitindo desvendar a associação de ideias de como esses(as) usuários(as) elaboram suas representações sobre saúde, saúde pública, direito, direito à saúde pública, qualidade, qualidade da saúde pública e questão central, como percebem a qualidade dos serviços de saúde prestados por estas Unidades de Pronto Atendimento. Constata-se que a apreensão dessas categorias teóricas pelos sujeitos da pesquisa é influenciada diretamente pelas visões e experiências. Os usuários(as) revelam conhecer as categorias teóricas investigadas na pesquisa, muito mais fundamentados no senso comum, do que no conhecimento científico, numa condição estática e fragmentada ao invés de dinâmica, consciente e crítica. A falta do conhecimento acerca desses conceitos tem levado a redução da participação dos(as) usuários(as) as instancias responsáveis pelo controle social das políticas públicas caracterizadas como meios de consumo coletivo. A compreensão de que a saúde pública é dever do Estado e que deve garantir e efetivar este direito a todos igualmente, sem distinção fez a diferença nos resultados da pesquisa, à medida que fazem menção aos princípios da universalização e da equidade. A grande maioria dos(as) entrevistados(as) compreende que a saúde pública é de graça e nesses termos não se constitui como retorno ao pagamento de impostos e que deve ser usufruído como direito. De um modo geral os sujeitos da pesquisa se mostram insatisfeitos(as) com a qualidade dos serviços prestados pelas UPAs, indicando como fatores que se interpõem a prestação dos serviços, as condições oferecidas relacionadas a conforto, infraestrutura, atenção e cortesia, tempo de espera para atendimento, inadequado atendimento por parte dos(as) profissionais de saúde, falta de material descartável, de equipamentos e de recursos humanos qualificados para o trabalho. Concomitantemente, os(as) usuários(as) atribuem esta situação a desrresponsabilização do Estado como provedor social dos serviços públicos de saúde, resultando em indignação e descontentamento por parte dos sujeitos da pesquisa. Essas informações para o sistema de saúde podem servir para avaliar a estrutura, o processo e os resultados, por conseguinte, a qualidade na prestação dos serviços, efetivando dessa forma o que garante a legislação como direito de todos – a condição da qualidade.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Consumo, Cotidiano e Desenvolvimento Social}, note = {Departamento de Ciências Domésticas} }