@PHDTHESIS{ 2009:282407061, title = {Distribuição vertical e sazonal da comunidade fitoplanctônica em dois reservatórios eutróficos do Estado de Pernambuco}, year = {2009}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4826", abstract = "A dinâmica da comunidade fitoplanctônica em ecossistemas aquáticos fornece inúmeras informações diagnósticas e serve como sensível ferramenta para indicação de alterações ambientais, capazes de prenunciar modificações em qualquer corpo hídrico. Pesquisas direcionadas à distribuição vertical destes organismos em reservatórios eutróficos são ainda pouco exploradas, sendo essenciais para o gerenciamento da captação de água para abastecimento. O objetivo deste trabalho é apresentar a estrutura e distribuição vertical e sazonal da comunidade fitoplânctônica relacionada a alguns aspectos físicos, químicos e climatológicos, em dois mananciais eutróficos de abastecimento do estado de Pernambuco: reservatório de Mundaú, localizado na Região Agreste, no município de Garanhuns e reservatório de Carpina, situado na Zona da Mata, entre os municípios de Carpina e Limoeiro. Em cada reservatório foram realizadas amostragens bimestrais, compreendidas entre janeiro e novembro/2006, contemplando dois períodos sazonais: seco (janeiro, setembro e novembro) e chuvoso (março, maio e julho). Para realização das coletas foram definidas oito profundidades no reservatório de Mundaú (Superfície; 0,5m; 1,0m; 2,0m; 4,0m; 6,0m; 8,0m; e 10,0m) e seis em Carpina (Superfície; 1,0m; 2,0m; 4,0m; 8,0m; e 10,0m), determinadas de acordo com o coeficiente de atenuação vertical da luz. As coletas na superfície foram realizadas utilizando-se um recipiente de boca larga e nas profundidades, com garrafa de tipo Van Dorn. O limite da zona eufótica foi verificado a partir dos resultados do disco de Secchi. O índice de estado trófico (IET) foi determinado a partir das concentrações de clorofila a e transparência de disco de Secchi no reservatório de Carpina. Foram estimados os valores de densidade e as relações de abundância, dominância, diversidade específica e eqüitabilidade dos táxons. Em Mundaú, a composição da comunidade esteve representada por 71 táxons, enquanto em Carpina foram observados 61. A divisão Chlorophyta foi mais representativa quanto à riqueza (52% Mundaú e 44% Carpina) seguida pelas Cyanobacteria (31% Mundaú e 33% Carpina). Cylindrospermopsis raciborskii, Geitlerinema amphibium e Synedra rumpens foram comuns aos dois mananciais quanto à abundância. Chroococcus minutus, Chroococcus minimus, Microcystis aeruginosa, Microcystis wesenbergii, Microcystis robusta, Merismopedia punctata, Merismopedia minima, Raphidiopsis mediterranea, Pseudanabaena sp., Ulnaria ulna, Nitzchia sp.1, Euglena sp.1 e Golenkinia radiata foram os demais táxons abundantes para Mundaú, enquanto em Carpina registrou-se a abundância de Anabaena constricta, Planktothrix agardhii, Pseudanabaena catenata,Monoraphidium arcuatum, Monoraphidium griffithii, Cyclotella meneghiniana, Synedra rumpens, Nitzchia sp.2 e Euglena sp.2. Cyanobacteria foi o grupo que apresentou as maiores densidades, apresentando somatório das profundidades variando entre 30984x10-4 (74,2 % no chuvoso) e 34209x10-4org.L-1 (78,2% no seco) em Mundaú e 6883x10-4 (93,4% no seco) a 7199x10-4 org.L-1 (84,2% no chuvoso) em Carpina. Com exceção do período chuvoso em Carpina, Cylindrospermopsis raciborskii foi a única espécie dominante para os dois mananciais: com somatório das profundidades variando de 23975x10-4 (57% no seco) a 27240x10-4 org.L-1 (62% no chuvoso) em Mundaú e 7366x10-4 (69% no seco) a 8521x10-4 org.L-1 (49,6% no chuvoso) em Carpina. O índice de diversidade específica e equitabilidade apresentaram baixos valores indicando densidades mal distribuídas e predomínio de poucas espécies. Foram observadas para ambos os reservatórios que os fatores climáticos, como precipitações pluviométricas e os ventos, determinaram as alterações de circulação da massa d’água e conseqüentemente, influenciaram a estrutura fitoplanctônica. Para o reservatório de Mundaú, a análise de agrupamento demonstrou alta dissimilaridade (40%) entre o hipolímnio no período chuvoso e as demais profundidades, indicando que este estrato, pode ser viabilizado como uma alternativa para captação de água de forma mais segura e menos dispendiosa durante o tratamento. As análises da ACP e ACC no reservatório de Carpina indicaram relação entre as variáveis: sólidos totais dissolvidos, temperatura da água, condutividade elétrica e pH com as alterações verticais esazonais do fitoplâncton. As alterações verticais e sazonais nas variáveis ambientais no reservatório de Carpina foram discretas e reguladas pela precipitação pluviométrica, mas foram suficientes para promover instabilidade na comunidade fitoplanctônica, permitindo a coexistência de espécies oportunistas.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Botânica}, note = {Departamento de Biologia} }