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http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9763
Tipo do documento: | Tese |
Título: | As "Trancas" : (re)fazendo o ensino de História e as relações de gênero na medida socioeducativa de internação em Pernambuco (2012-2022) |
Autor: | RIBEIRO, Allan Alves da Mata ![]() |
Primeiro orientador: | MIRANDA, Humberto da Silva |
Primeiro membro da banca: | NASCIMENTO, Alcileide Cabral do |
Segundo membro da banca: | ANDRADE, Juliana Alves de |
Terceiro membro da banca: | VARGAS, Carmem Zeli de |
Quarto membro da banca: | AREND, Silvia Maria Favero |
Resumo: | A presente pesquisa teve como objetivo geral analisar as concepções de gênero presentes no ensino escolarizado de História desenvolvido na medida socioeducativa de internação. Como campo de pesquisa, selecionamos as salas de aula da escola pública no interior do Centro de Atendimento Socioeducativo e Centro de Internação Provisória de Arcoverde (CASE/CENIP Arcoverde), unidade de privação e restrição de liberdade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (FUNASE), localizada no sertão pernambucano. Além de registros desse/nesse cotidiano escolar (André, 2008; Seffner, 2013), realizamos entrevistas semiestruturadas (Gaskell, 2003) junto a docentes efetivos de História, coordenações pedagógicas e pedagogas/os analistas em gestão socioeducativa. Observamos ainda as diretrizes que orientaram a educação escolar na medida estadual: Proposta Pedagógica para os Centros de Atendimento Socioeducativo e Instrução Normativa SEE/PE nº 06/2012. Partindo da teorização proposta por Joan Scott (1994, 1995, 1998), nos aproximamos do debate interseccional. Advinda do feminismo negro, a interseccionalidade opera nas convergências e rearticulações entre marcadores de gênero, classe e raça (Akotirene, 2018; Crenshaw, 2002). O termo “tranca”, utilizado pelas/os adolescentes e jovens para se referir aos espaços de contenção (Silva, 2020), na presente pesquisa, designou saberes e práticas diversas de vigilância e desclassificação – “trancas” que desestabilizaram a garantia de direitos individuais e sociais. Os saberes históricos resultaram dos entrecruzamentos de aparatos escolares e socioeducativos. Nos tempos e espaços das salas de aula, os temas em gênero e sexualidades enredaram direitos sexuais, heteronormatividade, cisnormatividade, violências contra mulheres e masculinidade tóxica. Sustentamos a tese, assim, de que abordagens interseccionais de gênero figuraram como direito e condição – mas, não a única – na garantia do direito ao conhecimento histórico escolar e do respeito às diferenças. Defendemos saberes e fazeres (escolares e socioeducativos) problematizadores das formas de produção e hierarquização das diferenças, para além do “reconhecimento” e/ou “tolerância”. |
Abstract: | The present research had the general objective of analyzing the conceptions of gender present in the school teaching of History developed in the socio-educational measure of hospitalization. As a field of research, we selected public school classrooms inside the Centro de Atendimento Socioeducativo and Centro de Internação Provisória de Arcoverde (CASE/CENIP Arcoverde), a deprivation and freedom restriction unit of the Fundação de Atendimento Socioeducativo (FUNASE), located in the backlands of Pernambuco. In addition to records of this/this school routine (André, 2008; Seffner, 2013), we carried out semi-structured interviews (Gaskell, 2003) with permanent History teachers, pedagogical coordinators and pedagogues/analysts in socio-educational management. We also observed the guidelines that guided school education in the state measure: Pedagogical Proposal for Socio-Educational Service Centers and SEE/PE Normative Instruction nº 06/2012. Starting from the theorization proposed by Joan Scott (1994, 1995, 1998), we approach the intersectional debate. Coming from black feminism, intersectionality operates in the convergences and rearticulations between markers of gender, class and race (Akotirene, 2018; Crenshaw, 2002). The term “lock”, used by adolescents and young people to refer to spaces of containment (Silva, 2020), in this research, designated different knowledge and practices of surveillance and declassification – “locks” that destabilized the guarantee of individual rights and social. Historical knowledge resulted from the intersection of school and socio-educational devices. In the times and spaces of classrooms, themes of gender and sexualities entangle sexual rights, heteronormativity, cisnormativity, violence against women and toxic masculinity. We support the thesis, therefore, that intersectional approaches to gender appeared as a right and condition – but not the only one – in guaranteeing the right to school historical knowledge and respect for differences. We defend knowledge and practices (school and socio-educational) that problematize the forms of production and hierarchization of differences, beyond “recognition” and/or “tolerance”. |
Palavras-chave: | Relações de gênero Ensino de história Socioeducação |
Área(s) do CNPq: | CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade Federal Rural de Pernambuco |
Sigla da instituição: | UFRPE |
Departamento: | Departamento de História |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em História |
Citação: | RIBEIRO, Allan Alves da Mata. As "Trancas" : (re)fazendo o ensino de História e as relações de gênero na medida socioeducativa de internação em Pernambuco (2012-2022). 2024. 242 f. Tese (Programa de Pós-Graduação em História) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9763 |
Data de defesa: | 21-Jun-2024 |
Aparece nas coleções: | Doutorado em História |
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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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